Caros alunos, desculpem eu não ter postado há mais de duas semanas. Na verdade, não sei se vou conseguir ser freqüente mesmo, mas vou tentar. Tenho andado muito atarefado. Mas resolvi tocar num assunto importante para quem está no sexto ciclo e está pensando em TCC.
Gostaria de poder informá-los de todas as potenciais áreas que vocês podem fazer TCC, mas infelizmente só posso falar com conhecimento daquelas que eu mesmo posso orientar. Mesmo assim, gostaria de lembrá-los que existem muitos professores na FEI que podem orientar vocês, são eles: Plínio (interface homem-computador, usabilidade e banco de dados), Flávio (planejamento automático efutebol de robôs), Filev (Redes Complexas, Redes de Computadores), Reinaldo Bianchi (Aprendizado por Reforço e Visão Computacional), Paulo Eduardo Santos (Raciocínio Lógico), Monael (Não sei, falem com ele) e Salim (Banco de Dados), Ricardo Destro (Não sei, falem com ele).
Vale ressaltar que as áreas citadas acima não são só essas. Procurei lembrar das principais. Citei as que eu lembro. Também, qualquer outro professor da FEI pode orientar, e a lista não está limitada somente a esses. Em outras palavras, qualquer professor pode orientar em qualquer tema; é só ele e os alunos quererem. Não existe regra, é uma coisa bem flexível, embora deva ser bem pensada.
Aconselho a procurarem o quanto antes uma equipe,tema e orientador. Quanto mais rápido, maior é a chance do trabalho ficar bom. Sempre no início do Sétimo ciclo é aquele tumulto pra definir essas coisas.
ai está um vídeo de um TCC que eu orientei ano passado. É a rapaziada do Phantom: Murilo (Chu), André, Leo e Adrian, que ganharam o prêmio Inovação na XVII EXPOCOM (2010 II). Um exemplo de excelente trabalho que mistura OpenGL, C++ e uma boa dose de empenho e competência. Esses caras mereceram!!
O objetivo foi fazer um Bisturi Virtual pra cortar osso (feito com uma malha triangular), só que com force feedback, e que chamamos de Sistema Haptico. Mas quem gera a força de sensibilidade é o Phantom, um periférico "muito loko!" da empresa Sensible (também postei um vídeo do Phantom pra terem uma idéia). Obviamente temos um Phantom aqui na FEI; caso contrário esse TCC não seria possível.
Notem no vídeo o jogo de iluminação, feito tudo com OpelGL, ficou bem realístico. Todos os algoritmos (corte, realismo, operações geométricas e inpu/output) foram feitos pelos integrantes da equipe. Até o crânio é de uma tomografia real.
Para quem quiser detalhes mais técnicos, estou postando também aqui o TCC deles: Download PDF
Olhem ai o Video exemplo do Phantom da Sensible, igual ao nosso na FEI
Ao pessoal da Sinuca, ATRA e Chama (os outros TCCs contemporâneos do Phantom) eu peço um pouco de paciência que vou postar o de vocês também :-)
Aos alunos do sexto ciclo que queiram fazer TCC na mesma linha ou ex-alunos que queiram fazer Mestrado na mesma linha também, é só chegar ..
se em alguém ainda resta alguma dúvida da utilidade das Curvas de Bèzier, eis ai um vídeo que pode ajudar a gostar do assunto, e que as liga definitivamente à arte. Então, se as Curvas de Bèzier são arte, elas servem pra tudo que possamos imaginar. O vídeo fala por si e não preciso dizer mais nada...
estou postando um vídeo legal aqui sobre Curvas de Bèzier que achei no youtube. Ele demonstra as relações entre as Curvas de Bèzier de várias ordens. Para quem não lembra da aula passada, a ordem de uma curva de Bèzier é igual ao número de pontos da curva, que por sua vez está atrelado ao grau da curva, segundo a seguinte relação: ordem = grau da curva + 1. Assim, se a ordem da curva é 3, o seu grau é igual a 2 (uma parábola); se é 4, seu grau é um polinômio de grau 3 (cúbico), e assim por diante.. Só que no vídeo, NOTEM!! claramente quem o fez parece estar chamando ordem de grau!! Mas isso não importa tanto; saber como construir uma curva de Bèzier é mais importante do que a sua notação (espero que nenhum matemático fique bravo comigo!!). O vídeo que estou me referindo está a seguir e permite até entender melhor o Algoritmo de Casteljau, também visto em sala ... Dêem só um olhada.
Bom, é bem possível que a maioria de vocês esteja bem familiarizada com esse tema, mas ainda assim é uma técnica em pleno desenvolvimento, com muitas armadilhas, que precisa de muitos profissionais modernos na área. São efeitos especiais tão complicados e impossíveis de serem feitos com toda a tecnologia atual quanto simples e divertidos que podem ser realizados de forma amadora em casa para videos caseiros.
Trata-se de misturar cenas filmadas em estúdios com cenas externas. Vocês já devem ter vistos filmes em que se perguntaram: “Como será que isso foi feito?”. Exemplos no cinema e até em produções baratas da TV existem aos montes, tais como: colocar um ator na lua, em um outro pais, ou em uma situação de risco natural como avalanche, selva, etc.. Vejam o vídeo abaixo e depois eu comento algo interessante e mais técnico sobre isso.
Aqui está um vídeo muito legal de uma das melhores empresas do mundo especializadas no assunto, a Stargate Studios.
O pano verde, como já devem ter percebido, é onde são inseridas as cenas externas. Mas por que escolheram verde? Porque é mais fácil detectar e segmentar o canal verde do sistema de cores. Coisa que veremos nas próximas aulas.
São cenas interessantes. Não posso comentar todas, mas quero chamar a atenção para um aspecto em especial. Em muitas delas o negócio parece bem simples, pois temos a impressão de ser apenas uma questão de fazer um "merge" entre dois vídeos. Coisa que qualquer photoshop pode até ser capaz de fazer sozinho. Mas em algumas, a coisa complica bastante. Imagine aquela cena dos atores passeando na neve. Se for dado um zoom-out nos atores, a cena atrás (inserida posteriormente) deve sofrer a mesma deformação, caso contrário parecerá meio estranho.
Mas o efeito mais interessante e difícil, na minha opinião, está relacionado à sombra, principalmente quando ela incide sobre o rosto dos atores, como no caso daquelas moças no Metrô e depois em baixo de uma Marquise. Se um ator está em uma cena mais clara e passa repentinamente em baixo de uma sombra (que está somente na cena inserida) o editor de imagens posteriormente deve perceber esse efeito e inserir sombra artificial no rosto dos atores, caso contrário, o efeito poderá ser desmascarado.
Fazer detecção e sombreamento automático é um dos maiores desafios atuais de Visão Computacional e Computação Gráfica. Quem consegue melhorar esse efeito, “estará bem em cena”, não resisti o trocadilho!! : - )
Mas ninguém precisa entrar em pânico! eu não pretendo abordar Chroma Key na disciplina, muito menos cobrar em prova, pelo menos esse semestre.. Mas quem gostou do assunto e quiser trabalhar com isso num futuro TCC ou Dissertação de Mestrado, eu topo. Já tive experiência com uma equipe que implementou um sistema de iluminação adaptativo para ChromaKey, batizado de J-Chroma, e ganharam inclusive dois prêmios na EXPOCOM. Foi a equipe de 2009 do Werner Fukuma, que hoje é meu aluno de Mestrado na área de Análise de Vídeo. O Werner ganhou também recentemente uma bolsa de estudos graças ao seu ótimo desempenho acadêmico.
Espero que tenham gostado pelo menos do vídeo : - )
Abraço a todos e logo logo estarei por aqui
eu demorei pra postar porque estive muito ocupado justamente esta semana, viajei a trabalho etc.. Enfim, estou aqui novamente pra quem quiser ler : - )
Eu sei que muitos amigos que não são meus alunos leem este blog, mas esta postagem é direcionada a quem veio na aula de sexta passada, dia 04/03/11.
Naquela aula, eu mudei um pouco minha maneira de expor o assunto. Resolvi usar mais o quadro e o pincel para demonstrar as equações das curvas de Bèzier, escrevendo com minha letra feia (mas acho que legível) e me arriscando a errar mais ou esquecer algum passo. Mas senti, comparando com as demais turmas, que os alunos compreenderam mais do que simplesmente se eu mostrasse o slide com todo o desenvolvimento prontinho. Em outras palavras, achei minha aula melhor assim. Um Professor sabe quando dá uma aula melhor ou pior. E Professor que se preze tem sempre que tentar “sentir” a turma e tentar sempre avaliar sua própria aula. Senão, de nada vale aula presencial. Mas o importante é ganhar experiência e melhorar sempre.
Vejam bem, não estou dizendo que minha aula foi boa, só estou dizendo que acho que ela foi melhor do que se eu tivesse usado somente os slides. Estou então “pondo em cheque” os recursos mais modernos, como slides, multimídia, quadros magnéticos e tudo mais que virá pelo futuro. Não sou do passado nem contra essas coisas, sou moderno e a favor delas se forem realmente efetivas e bem usadas. Mas questiono tudo que é novidade, principalmente em se tratando de educação na academia. Questiono também se o clássico ou ortodoxo consagrado não deve ser mudado ou adaptado. Enfim, para mim o mundo sempre deve estar em mudança, em todos os seus aspectos.
Num momento em que se discute que recursos multimídia levam a um aprendizado melhor, eu sempre desconfiei que ainda não apareceu algo para superar o “giz e o quadro negro”. Na verdade, acredito mesmo que os recursos multimídia são bons sim, mas se forem bem usados. Um professor que simplesmente lê transparências está perdendo seu tempo e deixando os alunos entediados .
Da qui a pouco posto mais para compensar ...
Um abraço a todos e espero que estejam curtindo o feriado.